Após ingressar no Julinho em março de 1965, Cláudio
Gutiérrez iniciou sua militância
estudantil com Luiz Eurico Lisboa. Ambos estudaram na escola até serem expulsos em maio de 1967, após
a manifestação que ficou conhecida como “passeata da catedral”. No ano
seguinte, já como membros da direção da UGES, ao retornarem à escola para
tentar reabrir o Grêmio Estudantil, foram presos e fichados no DOPS.
Militante da VAL-Palmares e da ALN, Gutiérrez sofreu
uma condenação no tribunal militar e exilou-se no Uruguai, onde foi preso.
Escapou da deportação ao conseguir que sua situação chegasse ao conhecimento de
um jornal que publicou sua história, e por ter direito à cidadania uruguaia.
Após ser libertado, seguindo na sua militância, esteve ainda na Argentina,
Bolívia e Chile.
Gutiérrez já contribuiu com o nosso projeto em diversos
momentos, seja em conversas com o grupo, seja participando dos painéis que
realizamos na escola desde 2012 e seu processo de indenização é um dos casos
utilizados na Oficina de Educação Patrimonial Resistência em Arquivo:Patrimônio, Ditadura e Direitos Humanos, ministrada pela equipe do APERS.
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