No dia 1º de abril foi inaugurado o Museu de Direitos Humanos do Mercosul, situado no Memorial do Rio Grande do Sul, na Praça da Alfândega. A primeira exposição intitula-se Deus e sua Obra no Sul da América - A Experiência dos Direitos Humanos Através dos Sentidos, que inclui fotografias, retratos, pinturas, esculturas cartuns, charges de cerca de 150 artistas de diferentes países do Cone Sul. A exposição permanece até dia 31 de maio.
15 de abril de 2014
Museu de Direitos Humanos do Mercosul
No dia 1º de abril foi inaugurado o Museu de Direitos Humanos do Mercosul, situado no Memorial do Rio Grande do Sul, na Praça da Alfândega. A primeira exposição intitula-se Deus e sua Obra no Sul da América - A Experiência dos Direitos Humanos Através dos Sentidos, que inclui fotografias, retratos, pinturas, esculturas cartuns, charges de cerca de 150 artistas de diferentes países do Cone Sul. A exposição permanece até dia 31 de maio.
Nota Pública da CNV Sobre os 50 Anos do Golpe Militar
No dia 31 de março, a Comissão Nacional da Verdade divulgou uma nota pública sobre os 50 anos do Golpe Militar no Brasil.
50 anos do golpe de Estado de 1964
Há
cinquenta anos um golpe de estado militar destituiu o governo constitucional do
presidente João Goulart. Instaurou por longo tempo no país um regime
autoritário que desrespeitava os direitos humanos; no qual os direitos sociais
de muitos eram ignorados; em que os opositores e dissidentes foram
rotineiramente perseguidos com a perda dos direitos políticos, a detenção
arbitrária, a prisão e o exílio; onde a tortura, os assassinatos, os
desaparecimentos forçados e a eliminação física foram sistematicamente utilizados
contra aqueles que se insurgiam. Neste cinquentenário, a Comissão Nacional da
Verdade quer homenagear essas vítimas e reafirmar sua determinação em ajudar a construir
um Brasil cada vez mais democrático e mais justo.
A
Comissão Nacional da Verdade nasceu com o objetivo de examinar e esclarecer as graves
violações de direitos humanos praticadas no período. Baseia-se na convicção de
que a verdade histórica tem como objetivo não somente a afirmação da justiça,
mas também preparar a reconciliação nacional, como vem assentado no seu mandato
legal. Esteia-se
na certeza de que o esclarecimento circunstanciado dos casos de tortura, morte,
desaparecimento forçado, ocultação de cadáver e sua autoria, a identificação de
locais, instituições e circunstâncias relacionados à prática de violações
graves de direitos humanos, constituem dever elementar da solidariedade social
e imperativo da decência, reclamados pela dignidade de nosso país. Não deveria
haver brasileiro algum ou instituição nacional alguma que deles se furtassem
sob qualquer pretexto.
No
ano passado comemoramos os vinte cinco anos da promulgação da Constituição Brasileira
de 1988. Oitenta e dois milhões de brasileiros nasceram sob o regime democrático.
Mais de oitenta por cento da população brasileira nasceu depois do golpe militar.
O Brasil que se confronta com o trágico legado de 64, passados cinquenta anos, é
literalmente outro. O país se renovou, progrediu e busca redefinir o seu lugar
no concerto das nações democráticas. Não há por que hesitar em incorporar a
esta marcha para adiante a revisão de seu passado e a reparação das injustiças
cometidas. Pensamos ser este o desejo da maioria. É certamente o sentido do
trabalho da Comissão Nacional da Verdade.
Brasília, 30 de março de 2014.
Comissão Nacional da Verdade
13 de abril de 2014
30 Anos do Comício das Diretas em Porto Alegre
No dia 13 de abril de abril de 1984 foi realizado o
Comício das Diretas em Porto Alegre. Este grande ato público, realizado na Praça
Montevidéu, em frente à prefeitura, reivindicava eleições livres e diretas para
presidente da República. Participaram lideranças políticas estaduais e
nacionais, como Leonel Brizola, Tancredo Neves, Teotônio Vilella, Franco
Montoro, além de artistas, como Fafá de Belém. Compareceram mais de 200 mil
pessoas.
12 de abril de 2014
Barnabé Medeiros Filho
Fotografia: Mariana Fraga |
No painel A Luta Juliana na Ditadura, realizado na manhã do dia 31 de março, no auditório Luiz Eurico Tejera Lisbôa, um dos convidados foi o ex-aluno Barnabé Medeiros Filho. Nascido em Tubarão (SC), Medeiros veio para Porto Alegre ainda criança. Cursou o antigo ginásio no Inácio Montanha, e em seguida o curso científico no Julinho, entre 1964 e 1966.
No Julinho, Medeiros começou a participar do Grêmio Estudantil em 1965, no cargo de juiz. Na época, o Grêmio Estudantil se organizava em um sistema parlamentarista, com uma estrutura de três poderes. O judiciário do grêmio era composto por juízes eleitos nas turmas de 2º ano. Mais tarde foi também representante de turma.
Ainda no Julinho filiou-se ao Partido Operário Revolucionário-Trotskista (POR-T) e após concluir o científico passou a dedicar-se mais à militância, além de começar a trabalhar como bancário e a participar do sindicato da categoria. Mudou-se para São Paulo, onde passou a ser responsável pela edição do jornal do partido. Em 1972 foi preso no DOI-CODI paulista, onde foi torturado. Ficou preso por mais de um ano, e após a libertação começou a trabalhar como jornalista, profissão que exerceu até recentemente.
Atualmente reside em São Paulo e é escritor, com quatro livros publicados. Em fevereiro lançou o livro 1964 - O golpe que marcou a ferro uma geração.
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3 de abril de 2014
Entrevista na TVCOM com Ignez Maria Serpa Ramminger
No dia 01 de abril, Ignez concedeu uma entrevista à TVCOM. No Presidio Madre Peletier, a militante voltou ao local que lhe causou tanto sofrimento! Lá, mostrou o local onde ficava, ainda contendo marcas do vaso sanitário e da cama!
Sobre o espaço atualmente ter virado um canil, ela disse: "Ironicamente, hoje é um canil! Por que eu digo ironicamente? Porque eu sou médica veterinária".
Além de ser um belo exemplo de "memória viva", Ignez é uma das únicas que consegue voltar ao local que lhe causou tanta dor!
Painel em descomemoração aos 50 anos do golpe: "A Luta Juliana na Ditadura"
No dia 31 de março, dia da DEScomemoração dos 50 anos do golpe militar, o grupo Direitos Humanos, Movimento Estudantil no Julinho e Comissão da Verdade organizou o painel A Luta Juliana na Ditadura, no qual participaram os ex-alunos e militantes Suzana Keniger Lisbôa, Barnabé Medeiros Filho e Cláudio Antônio Weyne Gutierrez.
Ficamos muito felizes por conseguir um espacinho na agenda tão lotada de cada um deles! O público participou, perguntou!
Apesar da falta de luz no início, o público colaborou e o evento foi um sucesso!
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